Tiranossauro (Tyrannosaurus, lagarto tirano, do grego tyrannos (τυράννος), tirano, e saurus (σαύρος), lagarto) foi um gênero de dinossauro terópode coelurossauro. A espécie Tyrannosaurus Rex (Rex significa "rei" em Latim), comumente abreviado T. Rex, é de grande apelo na cultura popular. Viveu em toda a região que hoje é a América do Norte ocidental, com um alcance muito mais amplo do que outros tiranossaurideos. Fósseis são encontrados em uma variedade de formações rochosas que datam da idade Maastrichtiana do período Cretáceo superior, cerca de 67 a 65,5 milhões de anos atrás[1]. Foi um dos dinossauros extintos no evento K-T
Segundo os cálculos feitos até então, o tiranossauro podia alcançar até 44 km/h (alguns cientistas discordam desse valor e dizem que ele podia alcançar até 60 km/h) quando corria, era portanto apto a caçar suas presas, embora, possivelmente, utilizasse de emboscada para um ataque mais bem sucedido.
Se por um lado as pernas de um tiranossauro eram bem desenvolvidas e fortes,por outro lado seus braços eram pequenos e curtos, o que impossibilitava que houvesse uma rapida recuperação no caso de uma queda brusca, situação bastante comum no cotidiano desses indivíduos, que muitas vezes levavam à morte ou serios danos à integridade física deles, uma vezes que diversos tipos de espécies diferentes eram bastantes oportunistas (como o carcharodontossaurídeos e o Espinossauro) quanto a essa característica maléfica do Tiranossauro. Isto se deve a evolução dos terópodes do cretáceo.
No início desse período, os carcharodontossaurídeos como o Giganotossauro, Carcharodontossauro e o Mapussauro, já apresentavam braços pouco desenvolvidos, possibilitando uma maior velocidade de ataque. Seguindo essa tendência, os Tiranossauros sucederam esses animais, apresentando, além de um crânio mais robusto e eficiente, braços ainda menores, no intuito de balancear o peso com a cauda e atingir velocidades ainda maiores que os outros carnívoros mais primitivos.
É provável que os tiranossauros vivessem em grandes grupos familiares, tal como os elefantes. O achado de um crânio de tiranossauro danificado comprova que deveriam ocorrer violentas batalhas por comida e pelo direito de se acasalar entre os indivíduos dessa mesma espécie.
Foi um dos maiores carnívoros terrestres de todos os tempos, alcançando 5,5 a 6,0 metros de altura, 14,5 metros de comprimento e pesando cerca de 8,5 toneladas. É considerado por muitos o predador mais eficiente e o mais aterrorizador dinossauro que existiu pois, embora houvesse espécies maiores, tal como o Espinossauro, o Giganotossauro e o Carcharodontossauro, o Tiranossauro era o mais poderoso, tendo a musculatura mais desenvolvida, bem como uma maior velocidade, uma melhor visão, comparável às aves de rapina atuais, e um cérebro mais desenvolvido.
Sua boca possuía dentes que chegavam a medir incríveis 30 centímetros (o tamanho de uma banana), sendo que já foram encontrados dentes de mais de 30 cm. Estes eram curvados para trás e, diferentemente do Carcharodontossauro, eram cônicos e grossos, chegando a estraçalhar os ossos e moê-los junto com a carne. Os dentes usados ou quebrados muitas vezes são encontrados, mas diferentemente daqueles de mamíferos, nos tiranossauros, bem como nos demais dinossauros carnívoros, dentes eram constantemente substituídos durante toda a vida do animal.
Foi o animal terrestre mais feroz de todos os tempos, bem como aquele que possuía a mais potente mordida, bastando uma para matar sua presa.
Sua mandíbula é imensa, podendo abrigar meia tonelada de comida lá dentro, e por possuir músculos extremamente desenvolvidos no pescoço possui uma força de mordida maior que qualquer outro dinossauro, chegando a potência de 5.000 kg.
O maior crânio de Tiranossauro até hoje encontrado mede até 1,80 m MOR 008 (6 pés) de comprimento. Em comparação com outros terópodes, o tiranossauro tinha um crânio particularmente grande. O crânio era extremamente largo, com um focinho estreito, permitindo um grande grau de visão estereoscópicas, o que lhe permitia enxergar o mundo em três dimensões, possibilitando-lhe calcular e realizar ataques com precisão. Por fim, ele também tinha uma visão binocular, ou seja, uma visão igual a das aves de rapina modernas. Alguns ossos, como o nasais, foram fundidos, prevenindo movimento entre eles.
Os primeiros vestígios atribuídos à espécie datam de 1900, por Barnum Brown (o popular "senhor ossos", apelido que representa a enorme quantidade de fósseis desenterrados por ele), assistente do curador do Museu Americano de História Natural, descobertos no estado de Wyoming, nos Estados Unidos. O espécime estava parcialmente completo, e superava o tamanho de todos os terópodes conhecidos. Foi batizado, então, de Dynamosaurus imperiosus pelo seu descobridor. Esse nome permanecera por alguns anos, até que, em 1905, com o sucesso que o D. imperiosus conquistara no mundo da paleontologia; Henry Fairfield Osbron-curador do museu onde o espécime estava-decide alterar o nome da espécie. Com os dados obtidos sobre tamanho, a precoce agressividade ligada ao animal, o nome não poderia ser outro: Tyrannosaurus rex.
Todavia, a história de descoberta da espécie ainda não está completa. Fontes revelam que, em 1892, o pesquisador Edward Drinker Cope catalogara o T.rex, mas sob o nome de Manospondylus gigas. A proeza de Cope consistia em duas vértebras, sendo que, atualmente, uma delas se encontra perdida. Inicialmente, Osbron só reconheceria as semelhanças entre as espécies em 1917. Todavia, devido as condições do M. gigas, este foi dado como um nomen oblitum.
Ainda sobre outros nomes, atualmente há um debate sobre a existência do Nanotyrannus, que muitos afirmam ser um T-Rex filhote descrito como outra espécie. No entanto, o animal apresentava mais dentes, que se desenvolviam de forma diferente, o que pode significar a descoberta de uma nova espécie.
A vida de um Tyrannosaurus jovem era boa, pois estudos modernos revelam que fósseis de animais mais jovens não costumam apresentar marca de fratura ou qualquer tipo de dano causado em vida. Em outras palavras isto significa que os pais T-Rex cuidavam de sua prole por um período muito superior ao que os cientistas supunham. Eram então ótimos pais. Porém após atingirem a idade adulta o mundo tornava-se extremamente hostil para com os ex-jovens carnívoros. Lutas violentas aconteciam durante sua fase adulta que costumava ser curta devido a violência.
Ainda desconhecem-se muitas das suas características como o seu comportamento ou a sua cor da pele. No entanto vários espécimens recolhidos ao longo dos últimos anos têm-nos permitido alguma especulação em relação aos padrões de crescimento, dimorfismo sexual, biomecânica e metabolismo.
Tem-se vindo a verificar que os fósseis de tiranossauro apresentam dois tipos de corpos diferentes: um mais robusto e outro mais gracioso. Várias diferenças morfológicas indicam que os tiranossauros mais robustos eram fêmeas. Por exemplo, a pélvis dos espécimens "robustos" mostra-se mais larga, talvez para permitir a passagem de ovos. Também a primeira vértebra da cauda, nos espécimens "robustos", tinha um chevron reduzido para permitir a passagem dos ovos, tal como acontece nos crocodilos.
Em anos recentes esta teoria tem vindo a enfraquecer. Um chevron de tamanho normal foi descoberto num indivíduo muito robusto. Pensa-se agora que estas diferenças possam estar relacionadas com variações geográficas ou com a idade dos animais sendo os mais robustos mais velhos.
Até 1902 pensava-se nos tiranossauros como um tripé, com o corpo a 45º da vertical ou menos e a cauda a arrastar como a de um canguru.
Em 1970 os cientistas perceberam que esta postura estava incorreta, no que resultaria em deslocações ou enfraquecimento de várias articulações. Apesar destas incoerências foi só na década de 1990, com o filme Jurassic Park e o Desenho infantil Dino Dan (lê-se Dino Den), que uma postura mais correcta foi apresentada.
Hoje em dia sabe-se que o dinossauro se deslocava com o corpo paralelo ao solo com a cauda levantada atrás servindo de contra-peso para a cabeça e de "guiador" nas perseguições.
Os braços do tiranossauro são muito pequenos comparativamente ao resto do corpo de 13 metros, medindo apenas 1 metro. No entanto não são estruturas vestigiais pois mostram grandes áreas de músculo, indicando uma força considerável. Isto foi observado em 1906 por Osborn (ver taxocaixa) que pensou que podiam ajudar o macho a agarrar a fêmea durante a cópula. Outra hipótese é que serviram para ajudar a erguer o animal do chão ou ainda para lutar contra a presa ou para a agarrar. Esta hipótese é apoiada pela análise biomecânica que revela que os braços do tiranossauro tinham ossos espessos propícios ao levantamento de grandes pesos.
Um macho adulto conseguiria levantar cerca de 200 kg com um só braço. A teoria mais recente e também a mais viável mostra que os braços curtos do T-Rex eram, na verdade, ferramentas importantes que o ajudavam a atingir grandes velocidades em caçada. Isso se explica a perfeita anatomia e biomecânica da espécie, pois, com os braços curtos, parte do peso do corpo estaria centrada em suas gigantescas mandíbulas, balanceando-as com a robustez de sua parte traseira. Mesmo com a vantagem de auxiliar no alcance de grandes velocidades, os braços curtos do tiranossauro causavam problemas quando ele caia. O impacto da cabeça com o solo poderia matar o animal, e caso ele sobrevivesse a queda, ele poderia não conseguir erguer-se novamente, causando a morte deste.
Comparando os fósseis de espécimes de diferentes idades, cientistas puderam fazer muitas estimativas sobre o T-Rex, como expectativa de vida e padrão de crescimento. O Tyrannosaurus rex crescia assustadoramente rápido, principalmente quando chegava à puberdade, o que acontecia aos 14 anos. Entre essa idade e os 18 anos (a maturidade da espécie), o T-Rex explodia num padrão de crescimento no mínimo espetacular: passava de seus 6 metros de comprimento e 2 toneladas de peso para mais de 14 metros de comprimento e pouco mais de 8 toneladas.
Os fósseis do menor T-Rex, o LACM 28471, que tinha 30 quilogramas, apontam que ele teria cerca de 2 anos de idade quando morreu. O maior, conhecido como "C-rex" ou MOR1126, um novo espécime descoberto pelo paleontólogo Jack Horner, com 10% maior do que "Sue" medindo aproximadamente 14,1 - 14,5 metros de comprimento, mais de 5 metros de altura e pesando algo em torno de 8,5 toneladas. Por enquanto esse é o tamanho estimado aceito para a espécie Tyrannosaurus rex, muito embora existam pelos menos 2 ou 3 fósseis que excedem o tamanho de C-rex. Estudos mostram que sua idade era de um animal sub-adulto. No entanto, os paleontólogos puderam concluir que o T-Rex crescia muito rápido, mas vivia pouco.
Com os achados dos tiranossauros mais primitivos, como o Dilong e Gualong, criou-se uma teoria na qual o T-Rex seria provido de penas. Essa teoria fora criada em 2004, quando o Dilong fora descoberto. Todavia, essa teoria pode estar errada, pois tanto na Mongólia quanto em Alberta foram achados vestígios epiteliais de outros tiranossaurídeos, apresentando estes escamas, típicas de outros dinossauros, e não penas. Realmente, para um animal de quase 8 toneladas ser plumados iria contra as leis da física, pois como iria perder calor? Quando se locomovesse, o calor gerado não seria perdido, mas sim armazenado nas penas e retransmitido para o corpo, assim matando-o. Todavia, ainda se acredita que os filhotes teriam uma leve cobertura de plumas.
Não resta sombra de dúvidas sobre quem é o dinossauro mais famoso. Devido ao tamanho descomunal, dentes imensos e descrição como "superpredador", etc. Suas aparições são quase sempre como supervilão e/ou principal adversário, sempre demonstrando um aspecto de agressividade suprema e instinto assassino incontrolável.
Uma aparição clássica (e também a primeira) do T-Rex foi no filme de 1925 chamado The Lost World (O mundo perdido), no qual a fera aparece atacando as personagens humanas e lutando com um Triceratops. Em outra de suas grandiosas aparições, a fera aparece na versão original de King Kong, digladiando com o protagonista. O estrelato do Tyrannosaurus rex em filmes e desenhos é quase incalculável, mas, sem dúvidas, a mais gloriosa das apresentações da fera foi em Jurassic Park, como principal dinossauro. O estrelato da besta segue até a segunda parte da série.
No último capítulo da trilogia, é derrotada pelo Spinosaurus, assim abrindo espaço para um novo antagonista (no entanto, uma batalha real entre dos dois terópodes não poderia ter acontecido, pois viveram em continentes e divisões Cretáceas diferentes (Albiano e Cenomaniano para o Spinosaurus e Maastrichtiano para o T.rex) mas como filme baseia-se na ressurreição pelo DNA então poderia ser possível.
Além de filmes e desenhos, o T-Rex estrelou videogames, novamente, quase sempre como um imponente obstáculo a ser morto. Um dos destaques do T-Rex nos jogos eletrônicos é Dino Crisis, como um supervilão sanguinário. Também aparece como chefão final em Turok: Dinosaur Hunter (um tanto quanto modificado), vários títulos da série Jurassic Park, em duas expansões de Zoo Tycoon 2, etc. O T-Rex também aparece como antagonista nos três primeiros capítulos de Tomb Raider, além de sua versão robótica em Metal Gear Solid onde o protagonista Solid Snake deve enfrentar a ameaça "Metal Gear REX" . O T-Rex também aparece no Jurassic Park Oparation Genesis, como um dos principais dinossauros dando muito lucro e muito perigo e falta de segurança é fatal.
Toda fama do Tyrannosaurus se deve ao fato de ter sido declarado o maior carnívoro terrestre por décadas, até a descoberta de outros colossais predadores, como o Giganotosaurus, o Mapusaurus, entre outros.
Fonte: Wikipédia
Nenhum comentário:
Postar um comentário