Velociraptor é um gênero de dinossauro terópode do período Cretáceo. Media 1,5 m de comprimento e pesava aproximadamente 80 quilogramas. Foi um grande predador que provavelmente caçava em bando. Era leve, rápido, possuía ótima visão e um cérebro bastante desenvolvido, além de um poderoso maxilar. Assim como o seu parente próximo, o deinonico, o velociraptor possuía uma garra retrátil em forma de foice no segundo dedo da pata.
O primeiro esqueleto de velociraptor foi encontrado no Deserto de Gobi, na Ásia, em 1923. Mais tarde, em 1970, foi encontrado um esqueleto de velociraptor agarrado a um protoceratops. Não se sabe, ao certo, porque morreram, mas se acredita que uma violenta tempestade de areia os soterrou. As perfeitas condições desse achado e a situação na qual os dois dinossauros morreram fizeram dessa descoberta uma verdadeira sensação.
O velociraptor recebe grande atenção da comunidade científica porque há fortes indícios de que ele possuía penas - característica própria das aves e não dos répteis.[1] É também um dos dinossauros mais famosos, tendo participado em vários filmes de cinema (dos quais pode-se citar a série de filmes Jurassic Park), jogos de computador e outras mídias.
Recentemente, através de pesquisas e testes cuidadosamente elaborados, descobriu-se que as garras do velociraptor não serviam para rasgar o ventre ou o pescoço da presa, pois sua parte inferior não era cortante nem afiada, e sim arredondada; portanto, provavelmente não era usada para rasgar, e sim para perfurar, pois dessa forma tinha boa chance de acertar a traqueia ou a jugular da vítima e assim matá-la.
O Velociraptor foi um pequeno dromeossauro mongol, medindo entre 1,5 e 2 metros de comprimento, cerca de 76 centímetros de altura e 15 quilos. Possuía dentes curvos e serrilhados, cravados numa poderosa maxila (estes dentes foram encontrados entre fósseis de jovens anquilossauros mongóis).
As "mãos" eram providas de dedos desenvolvidos, estes terminados em garras curvas e fortes, provavelmente usadas na luta com a presa. Uma das mais peculiares características deste dinossauro é a presença de uma clavícula, semelhante ao "ossinho da sorte", em sua estrutura óssea, o que maximizava a força dos braços. O velociraptor caminhava sobre dois dedos, sendo o último de sua pata um dedo modificado, onde se encontra a mais famosa das características do velociraptor: a chamada "garra terrível", que media de 7 a 11 centímetros. Pequena, mas letal, se levarmos em conta como ela era usada. Os músculos da pata eram muito poderosos, o que fazia da garra uma ferramenta mortal de caça.
Acredita-se que o velociraptor, assim como uma parte dos raptores, era provido de penas. A cauda era comprida e rígida, feita para equilibrar o animal quando este corria (trata-se de um animal ágil). As vértebras da cauda apresentavam grandes projeções ósseas na parte superior destas e tendões ossificados por baixo. Essa modificação começa na décima vértebra e seguia para quatro ou dez vértebras à frente, dependendo da posição da cauda. Esse tipo de postura transforma a cauda em uma barra rígida, prevenindo movimentos verticais das vértebras. Essas adaptações ajudam a manter o equilíbrio quando o animal mudasse de direção (o que sugere que realmente se tratava de um dinossauro muito veloz). Uma estrutura idêntica é a cauda do guepardo. A maior refeição que o velociraptor poderia encontrar era um anquilossauro.
O velociraptor foi descoberto em 1925, durante uma expedição do Museu Americano de História Natural à Mongólia (um crânio quebrado e as famosas garras). Dois anos depois, havia sido citado num artigo, nomeado de Ovoraptor djadochtari (não se trata do Oviraptor philoceratops), devido à procedência dos ossos. Como esse nome não foi publicado de forma oficial (acompanhado de uma descrição científica), foi ignorado e a prioridade foi dada ao Velociraptor mongoliensis.
Durante a Guerra Fria, foram descobertos muitos vestígios desta espécie. Em 1970, uma foi descoberto um velociraptor agarrado a um protoceratops; essa descoberta é de extrema importância, pois prova que os pequenos dinossauros realmente caçavam dinossauros maiores que eles próprios.
O velociraptor foi posto na subfamília Velociraptorinae, um subgrupo da família dos dromeossauros (Dromaeosauridae). Essa subfamília consiste em "todos os dromeossauros que são mais semelhantes ao velociraptor do que aos dromaeosaurus".
Há um detalhe curioso: em 1925, quando foi descoberto, o velociraptor foi anexado à família dos megalossauros (megalosauridae), assim como a maior parte dos carnívoros descobertos naquele período.
Estudos recentes mostraram outras faces do "raptor", como a função de sua garra.
Todos os dromeossauros eram dotados de uma garra curva, semelhante a uma foice, num dedo modificado na pata traseira do animal. O tamanho varia de acordo com a espécie: o deinonychus tinha uma de 15 cm; o utahraptor tinha cerca de 20 cm; o velociraptor tinha uma de 6 cm. Essas garras sempre foram descritas como uma arma de corte fatal, a qual era usada para perfurar o ventre da vítima. Essa fama foi drasticamente ampliada com o filme Jurassic Park. Todavia, a verdade poderia ser outra: durante um teste biomecânico do programa da BBC Batalha dos dinossauros (The truth about killer dinosaurs), uma perna de velociraptor foi reconstruída, juntamente à garra. Esta fora testada numa barriga de porco: a única coisa que a garra fez foi furar o pedaço de carne. A conclusão é que a garra não deveria ser usada para rasgar, mas sim perfurar a traqueia da presa ou as veias do pescoço da presa, causando uma morte rápida (este comportamento foi identificado na batalha do velociraptor com o protoceratops). Todavia, durante os créditos do programa, fora mostrada uma sequencia com uma garra de dromeossaurídeo rasgando um pedaço de carne.
Uma característica muito exótica está sendo notada em alguns espécimes, especialmente de dromeossauros e troodontes: a presença de penas. Essa característica foi detetada nos raptores anteriores ao velociraptor e, possivelmente, eles poderiam planar entre árvores (numa floresta, como é o suposto caso do microraptor). Estes eram muito semelhantes às aves que não voam.
Descobertas recentes (setembro de 2007) mostram que o velociraptor possuía as mesmas estruturas que as aves possuem para manter as penas presas ao corpo: essa é a prova definitiva que este dinossauro possuía penas mas é improvável que planasse de árvore em árvore como seu pequeno parente, microraptor.
Muitos paleontólogos concordam que o velociraptor seria homeotérmico. Esse fato pode ser explicado se o compararmos a um quivi: ele possuía o mesmo tipo de pluma que o velociraptor, muitas semelhanças anatômicas, estrutura óssea e a passagem nasal (que, normalmente, indica o metabolismo). Isso faz do quivi o espelho perfeito para dinossauros e aves primitivas.
Não resta nenhuma dúvida a respeito da fama do velociraptor. Desde o filme Jurassic Park, o nome deste dinossauro (ou simplesmente o sufixo raptor) aparece em tudo que tem a ver com dinossauros, desde livros aos jogos de videogame e computador. Sempre aparece como um monstro com cabeça de lagarto, cauda colossal e garras tremendas, um monstro sanguinário de quase 4 m de comprimento e 2 m de altura. Na verdade, a imagem descrita a partir do livro de Michael Crichton (o filme de Steven Spielberg foi baseado neste livro, com o mesmo nome) é a imagem de outro dromeossauro, o Deinonychus.
De uma forma ou de outra, o velociraptor teve seu nome publicado em desenhos animados (como em episódios da sequencia Em busca do vale encantado), filmes, livros, jogos de videogames (a saga de Dino Crisis trouxe raptores muito mais exagerados e parecidos com os de Jurassic Park), brinquedos, etc. No que se refere ao mundo científico, o velociraptor foi focalizado num dos especiais da série de documentários da BBC Walking with dinosaurs, astro do segundo episódio de The truth about dinosaurus killers e um dos episódios do documentário Dino Planet.
9 de ago. de 2012
Baryonyx
O Barionyx foi um dinossauro, de grande porte, cuja alimentação básica era de peixes e pequenos animais, seu habitat era sempre próximo à costa do oceano. Há vestígios sobre sua existência na Grã-Bretanha, cujos restos fósseis foram encontrados em 1983 junto a pedaços de escamas de peixe, o que indicou sua dieta. Até hoje apenas dois exemplares fósseis foram encontrados. Viveram no limite Jurássico-Cretáceo por volta de 144 a 128 milhões de anos atrás.
O Barionyx (cujo nome em latim significa "garra pesada" devido à sua garra no polegar) pertenceu à subordem Theropoda, inserida dentro da ordem dos saurischia, que corresponde aos dinossauros mais aparentados com as aves e, cladisticamente falando, às próprias aves. Essa espécie, no entanto, não é tão próxima das aves: ele pertenceu a uma família da infraordem tetanurae chamada Spinosauridae, que incluía espécies com focinho largo e dieta piscívora (muitos exemplares, inclusive, eram dotados de notáveis prolongamentos das espinhas dorsais).
Sem dúvida o Barionyx era um dinossauro atípico: tinha um pescoço relativamente comprido que permanecia geralmente na horizontal, e não em forma de "s" como ocorria em boa parte dos terópodes. Muitas características-chave do Barionyx apontam para uma dieta psicívora, embora nada impede que este também comesse carne putrefada, como é indicado por restos de Iguanodonte encontrados junto a seus fósseis.
As mandíbulas do Barionyx eram longas e achatadas lateralmente, de forma que à primeira vista lembrava bastante a de um crocodilo, e apresentava em seu maxilar um "recorte", tal como é visto nos crocodilos e em alguns gêneros de Ceratosauridae, e acredita-se que esse aspecto das mandíbulas garantia mais firmeza para o animal na hora de "pescar". As narinas eram recuadas (característica única dos Spinosauridae dentre os terópodes), e sobre os olhos era visível uma crista chata lateralmente, de função desconhecida.
Os braços do Barionyx eram compridos e musculosos, e suas patas dianteiras possuíam quatro garras, sendo que uma era atrofiada e outra (correspondente ao polegar) apresentava uma enorme garra curvada bem maior que as outras, de 30 centímetros, que lembrava aparentemente a garra do pé dos dinossauros avianos Dromaeosauridae. Essa garra provavelmente era utilizada para "fisgar" os grandes peixes de que se alimentava.
O Barionyx possuía cerca de 8,5 m de comprimento e peso em torno de 1.700 kg. No entanto, a análise dos ossos sugere que o modelo mais completo ainda não estava plenamente desenvolvido, de modo que um Baryonyx adulto poderia ter sido bem maior (cerca de 12 a 14 metros de comprimento).
Em janeiro de 1983, um caçador de fósseis amador chamado William Walker acabou por se deparar com uma garra enorme saindo do lado de um poço de argila. Ele recebeu alguma ajuda ao recuperar a garra e vários outros ossos fósseis a partir do sítio arqueológico de onde estava, na Grã-Bretanha. Posteriormente, entrou em contato com o Museu de História Natural de Londres e falou sobre o seu achado.
O esqueleto foi encontrado, felizmente, em estado relativamente intacto e foi escavado por uma equipe liderada por Alan J. Charig e C. Angela Milner, do Museu de História Natural. Eles publicaram a descrição da espécie, B. walkeri, em 1986. Cerca de 70% do esqueleto foi recuperado, incluindo o crânio, permitindo que os paleontólogos fizessem deduções numerosas sobre o Barionyx a partir de apenas um exemplar. O esqueleto pode ser visto hoje montado no Museu de História Natural de Londres.
Em 2007, o paleontólogo Buffetaut percebeu que havia semelhanças gritantes entre os fósseis de Barionyx e de Suchomimus. Muitas características permaneceram muito tempo atribuídas ao Suchomimus e ao Barionyx, e é difícil distinguir quem é quem entre estes dois restos fósseis de dinossauros. No entanto, uma gama de variação idêntica existe entre os espécimes Barionyx, e mesmo entre os vários dentes atribuídos ao Espinossauro. Buffetaut sugeriu que isso poderia significar que o Suchomimus poderia ser um exemplar adulto de Baryonyx. Contudo, essa hipótese não é aceita por grande parte da comunidade científica.
O Barionyx (cujo nome em latim significa "garra pesada" devido à sua garra no polegar) pertenceu à subordem Theropoda, inserida dentro da ordem dos saurischia, que corresponde aos dinossauros mais aparentados com as aves e, cladisticamente falando, às próprias aves. Essa espécie, no entanto, não é tão próxima das aves: ele pertenceu a uma família da infraordem tetanurae chamada Spinosauridae, que incluía espécies com focinho largo e dieta piscívora (muitos exemplares, inclusive, eram dotados de notáveis prolongamentos das espinhas dorsais).
Sem dúvida o Barionyx era um dinossauro atípico: tinha um pescoço relativamente comprido que permanecia geralmente na horizontal, e não em forma de "s" como ocorria em boa parte dos terópodes. Muitas características-chave do Barionyx apontam para uma dieta psicívora, embora nada impede que este também comesse carne putrefada, como é indicado por restos de Iguanodonte encontrados junto a seus fósseis.
As mandíbulas do Barionyx eram longas e achatadas lateralmente, de forma que à primeira vista lembrava bastante a de um crocodilo, e apresentava em seu maxilar um "recorte", tal como é visto nos crocodilos e em alguns gêneros de Ceratosauridae, e acredita-se que esse aspecto das mandíbulas garantia mais firmeza para o animal na hora de "pescar". As narinas eram recuadas (característica única dos Spinosauridae dentre os terópodes), e sobre os olhos era visível uma crista chata lateralmente, de função desconhecida.
Os braços do Barionyx eram compridos e musculosos, e suas patas dianteiras possuíam quatro garras, sendo que uma era atrofiada e outra (correspondente ao polegar) apresentava uma enorme garra curvada bem maior que as outras, de 30 centímetros, que lembrava aparentemente a garra do pé dos dinossauros avianos Dromaeosauridae. Essa garra provavelmente era utilizada para "fisgar" os grandes peixes de que se alimentava.
O Barionyx possuía cerca de 8,5 m de comprimento e peso em torno de 1.700 kg. No entanto, a análise dos ossos sugere que o modelo mais completo ainda não estava plenamente desenvolvido, de modo que um Baryonyx adulto poderia ter sido bem maior (cerca de 12 a 14 metros de comprimento).
Em janeiro de 1983, um caçador de fósseis amador chamado William Walker acabou por se deparar com uma garra enorme saindo do lado de um poço de argila. Ele recebeu alguma ajuda ao recuperar a garra e vários outros ossos fósseis a partir do sítio arqueológico de onde estava, na Grã-Bretanha. Posteriormente, entrou em contato com o Museu de História Natural de Londres e falou sobre o seu achado.
O esqueleto foi encontrado, felizmente, em estado relativamente intacto e foi escavado por uma equipe liderada por Alan J. Charig e C. Angela Milner, do Museu de História Natural. Eles publicaram a descrição da espécie, B. walkeri, em 1986. Cerca de 70% do esqueleto foi recuperado, incluindo o crânio, permitindo que os paleontólogos fizessem deduções numerosas sobre o Barionyx a partir de apenas um exemplar. O esqueleto pode ser visto hoje montado no Museu de História Natural de Londres.
Em 2007, o paleontólogo Buffetaut percebeu que havia semelhanças gritantes entre os fósseis de Barionyx e de Suchomimus. Muitas características permaneceram muito tempo atribuídas ao Suchomimus e ao Barionyx, e é difícil distinguir quem é quem entre estes dois restos fósseis de dinossauros. No entanto, uma gama de variação idêntica existe entre os espécimes Barionyx, e mesmo entre os vários dentes atribuídos ao Espinossauro. Buffetaut sugeriu que isso poderia significar que o Suchomimus poderia ser um exemplar adulto de Baryonyx. Contudo, essa hipótese não é aceita por grande parte da comunidade científica.
Mapussauro
O Mapussauro foi um dos grandes terópodes e o mais recente a ser descoberto. Habitou a Argentina durante o período Cretáceo, há cerca de 90 milhões de anos atrás. Há fortes indícios de que o animal caçava em bandos, já que o lugar onde foi encontrado havia ossos de 7 a 9 indivíduos.
O Mapussauro figura entre os maiores terópodes, sendo menor que o Giganotossauro, tendo 14,5 metros de comprimento, 5,7 metros de altura e pesando 9 toneladas calculadas. O crânio do Mapussauro era mais arredondado que o do Giganotossauro e também era quase do mesmo tamanho, com cerca de 1,70 metros de extensão.
Os dentes também eram de tamanho parecido, cada um com cerca de 18 centímetros. As ossadas mostram que não eram rápidos. Provavelmente o Mapussauro caçava em emboscada, animais muito maiores que eles, a exemplo o Argentinossauro. Uma característica um tanto estranha é o tamanho de seus braços: eles eram menores que o dos outros carcharodontossaurídeos e maior que o dos tiranossaurídeos, ou seja, estava em um tamanho intermediário.
O Mapussauro figura entre os maiores terópodes, sendo menor que o Giganotossauro, tendo 14,5 metros de comprimento, 5,7 metros de altura e pesando 9 toneladas calculadas. O crânio do Mapussauro era mais arredondado que o do Giganotossauro e também era quase do mesmo tamanho, com cerca de 1,70 metros de extensão.
Os dentes também eram de tamanho parecido, cada um com cerca de 18 centímetros. As ossadas mostram que não eram rápidos. Provavelmente o Mapussauro caçava em emboscada, animais muito maiores que eles, a exemplo o Argentinossauro. Uma característica um tanto estranha é o tamanho de seus braços: eles eram menores que o dos outros carcharodontossaurídeos e maior que o dos tiranossaurídeos, ou seja, estava em um tamanho intermediário.
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